quinta-feira, 15 de abril de 2010

Hands on

Essa é do Max Gehringer. O Marcos "T" me apresentou e passei a querer que ela fosse minha...

"Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno, nome que agora se dá à seção de serviços gerais. E a empresa contratante exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem hands on.

Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais.

Ou seja, um pitico.


Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais. A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.

E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico...

Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Beatriz conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da contabilidade.

- Beatriz, eu quero três cópias deste relatório.
- In a hurry!
- Saúde.
- Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.
- Não, não. Cópias normais mesmo.
- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
- Beatriz, desse jeito não vai dar!
- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
- Como assim?
- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
- Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
- Futuro? Que futuro?
- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
- Beatriz, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
- Sei. Mas o senhor é hands on?
- Hã?
- Hands on. Mão na massa.
- Claro que sou!
- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada."

quarta-feira, 24 de março de 2010

Kindle: Construindo um Mercado Novo

Ultimamente tenho resolvido crises de curiosidade em relação aos leitores de e-books. As resolvo lendo, pesquisando à respeito, entrando no oráculo do youtube para saciar a sede por conhecimentos específicos (é mesmo impressionante o que se consegue encontrar lá, não?).

Bem, toda a curiosidade vem do fato de ter aumentado sobremaneira o número de leituras simultâneas na minha vida ultimamente. Tenho um livro de cabeceira espiritual, outro de negócios e gestão de pessoas, revistas generalistas, revistas de nicho, periódicos... um dia desses explodi e me recusei a ler uma fatura de cartão de crédito! Coitada.

O fato é que também tenho viajado muito e descobri que levar livro em bagagem pesa. Daí a pensar que se tivesse um jeito de compactar toda essa massa de celulose em alguma coisa mais prática de carregar, é um pulo! Afinal vida seria tão mais fácil...

Somente então descobri que o Kindle já fora lançado desde 2007 pela Amazon.

Alguns aperfeiçoamentos depois, temos uma versão em 16 tons de cinza, pesando 280g e com uma incômoda interface baseada em teclas de aparência duvidosa. O fato é que ele dá conta do recado de se ler um livro.

A portabilidade não é mais diferencial no mercado. O concorrente Cooler, da Interead já atinge módicas 170g para um porte semelhante de aparelho.

As mágicas do Kindle se chamam e-ink e conectividade.

E-ink é a tal da tinta eletrônica, que diferentemente das tecnologias tradicionais para telas finas, não emite luz e nem consome energia para manter o pixel aceso. É como se enchessemos pequenos vasos de tinta preta (cinza) e eles permanecessem pintados até que alguém os esvaziasse novamente, somente gastando energia nessa operação. Na prática isso equivale a termos luminosidade e índice de reflexão semelhantes aos impressos de papel, de forma a não cansarmos a vista e mantermos o prazer de ler numa tábua eletrônica (ou você acha legal ler livro em tela de computador? Ninguém merece...)

A conectividade fica por conta do acesso nativo a rede 3G e conexão não tarifada para visitarmos a estante virtual que a própria Amazon montou com 300 mil livros (e subindo), com direito a baixarmos em menos de um minuto uma obra inteira por módicos 10 dólares.

Achei ducaramba a estratégia montada pela Amazon!!!

Para nós, tupiniquins, os problemas são a falta de títulos em português e a ausência de suporte a navegação web livre, coisa que nos EUA é possível.

Mas, em última análise, pensei o impacto que esse tipo de conceito vai causar nas estruturas estabelecidas em torno do mercado literário convencional. A exemplo do que o mp3 fez com a industria fonográfica, forçando a mudança do modelo distribuidor de royalties e remuneração dos artistas, o kindle e seus derivados devem provocar impacto semelhante nas artes escritas, sobretudo nos custos de distribuição dos livros. Editoras, autores e distribuidores já iniciaram a corrida para renegociação de contratos e redivisão do bolo autoral, afinal quem precisará transportar livros até as lojas, não é?

Estima-se que entre 15 e 20% dos custos totais de produção literária são empregados na distribuição e esse montante tende a ficar na mão dos autores, que deverão negociar diretamente com o provedor de conteúdo para os e-readers. No caso do Kindle, leia-se: Amazon (viu aí a sapiência do negócio?). As editoras terão que reinventar-se, focar no marketing, adaptar-se a um mercado que já não exigirá mais peças físicas e sim o conteúdo digital, enfim, como todo bom movimento de mudança, veremos momentos de pura criatividade corporativa e auto reinvenção para absorver a evolução natural imposta ao mercado pela tecnologia.

Saibam que blogs também tem o seu conteúdo vendido pela Amazon americana. É meio assim: houve atualização, pimba! Chega wireless ao seu kindle na mochila e você será debitado em cents de dólar.
Legal, não?

Tudo bem que a tecnologia (já) nos deve esses brinquedos em full color range, mas não descarto a ideia de ter um bichinho dessa geração na minha pasta.

Falando nisso... alguém aí se interessa por uma estante de peroba em bom estado, verniz tinindo, fácil de desmontar...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A Entrevista

Thomas, 26 anos, filho de família abastada, acordou as 6h. Estava muito ansioso para a sua entrevista de emprego. Havia se inscrito no processo seletivo de um grande banco, onde concorria com aproximadamente 12.000 jovens para uma das 40 vagas do processo seletivo para Trainee. Passadas as fases iniciais, hoje seria finalmente entrevistado por uma banca de diretores.

Chegou na sede do banco um pouco antes do horário previsto e para passar o tempo, leu algumas matérias da nova edição da Newsweek  online no notebook que trouxera consigo.

- Sr. Thomas?
Levantou-se, ajeitou a gravata do suit novo e respondeu:
- Sim.
- Vamos lá? Acompanhe-me por favor.

Percorreram um longo corredor com muita gente trabalhando. Olhou pelo vidro ao redor e se achou  high-profile demais para aquila coisa tão básica. Mesmo assim, pensou: "é aqui que eu quero estar trabalhando no próximo mês"

Chegando na sala de entrevistas, ninguém menos que a senhorita Schumacher, a diretora de Recursos Humanos. Após apresentar-se oficialmente, iniciou o diálogo:

- Sr. Thomas, vamos estartar a nossa entrevista com uma pergunta bem simples: o que o traz aqui?
- Bem, uma oportunidade de iniciar a minha carreira numa grande corporação. Que seja algo entry-level mesmo... Já me sinto pronto para começar asap!
- E o que sabe sobre o Bank Investments?
- Primeiro que é um dos principais players num mercado global, com excelente performance, sólidos resultados nos últimos anos, com upsides de EBITDA, CFROGI e market share. E depois que é uma empresa que investe bastante no empowerment dos seus empregados.


- Gostei do seu approach. Muito bem informado! Vejo aqui no seu currículo graduação em economia, MBA em finanças... Conte-me um pouco sobre seu background, expertise e skills.
- Além do que a senhora comentou, sou black belt e pretendo fazer o PMP para project management ano que vem. Na minha experiência profissional anterior, como estagiário, trabalhei numa corporação cujo core business era o varejo. Participei do maior turn around ocorrido na empresa, quando, num momento crítico, houve um enorme downsizing para viabilizar uma joint-venture emergente.
- Muito Bom...
- Além disso também pesquisei ativamente os processos da empresa do meu pai, mas lá me limitei ao budgeting e cash-flow.
- E parou a pesquisa?
- Precisamente. Não concordava com a falta de aderência ao business plan original do empreendimento. O headcount ultrapassava o dobro do planejado para o resultado obtido no segundo trimestre. Me senti pouco prestigiado quando anunciei que o break even point seria postergado em um ano e não fui ouvido... Mas papai entendeu bem minha posição. Tive esse feedback dele.
- Perfeito, perfeito! Muito proativo! Mas como o senhor pode aprender tanto a ponto de realizar essa análise mark up tão precisa?
- On job training mesmo. Em empresa familiar todo mundo tem que dar uma de controller de vez em quando...
- Show! Agora conte-me um pouco da sua vida particular. Como vive? Como são suas relações familiares e conjugais? Tem filhos?
- Veja bem, ainda sou um bachelor. Moro sozinho num loft alugado por papai e atualmente não tenho namorada, só umas amizades free-lancers. Estabeleci um compromisso comigo mesmo de só constituir família própria após atingir certos targets pessoais, mas o deadline ainda está um pouco longe de chegar. Assim, sigo o meu ramp up no timing devido...
- E quando não trabalha, faz o que?
- Ouço música. Rock, hip hop, lounge e algum jazz, mas gosto mesmo é de Men at Work !
- Ok, ok... Uma última pergunta, apenas. Onde o senhor espera chegar aqui no Bank Investments?
- CEO.
- Mas... assim? De cara?
- Claro que não! Após alguns job rotations e o estabelecimento de um masterplan preciso, com due diligences e follow ups periódicos. Por enquanto estou só no kick-off desse processo.
- Ah, claro... Muito obrigado e Parabéns Sr. Thomas! O seu profile já o caracteriza como um homo corporativus de excelente background. Vamos analisar seu curriculum  e nosso pessoal de assessment e R&S poderá contactá-lo em breve. Boa Sorte!



Uma semana depois, nada conformava o candidato preterido.
Incrédulo e com o smartphone na mão, lia e relia o email de agradecimento e dispensa do Banco. Disseram que era necessária alguma fluência em inglês para o entry-level...

E sem inglês... Bem, sem inglês a gente sabe.

Sem saber nada de inglês não dá, né...?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Estrada do Presente - De Gates ao Google

Li há pouco uma reportagem na Veja sobre a voracidade do Google na direção de criar um tapete de infraestrutura hiperveloz entre sua (já mega) estrutura interna e a casa do consumidor. Essa é a chamada last mile.

O Google anunciou a construção de uma rede de banda de 1 Gigabit (500 vezes mais rápida que uma conexão atual de 2 Megas). Isso permite praticamente uma revolução no uso que concebemos para a internet atualmente. É como se permitíssemos lotar e esvaziar um maracanã inteiro em poucos segundos, fazendo com que todos os torcedores passassem ao mesmo tempo no mesmo portão sem que houvesse apertos ou confusões na briga por espaço. Haveria folga suficiente para todos...
O serviço será fornecido a 500 mil pessoas incialmente e - promessa do Google - a preços competitivos.

Imediatamente veio a minha cabeça um antigo livro escrito por Bill Gates em 95 chamado A Estrada do Fututo. Com que prazer adolescente li esse livro que prometia maravilhas num novo mundo chamado de digital, onde os lares estariam equipados com internet de altíssima velocidade, capaz de trafegar dados de video e som on demand, de uma forma tão instantânea, que redefiniríamos a maneira de assistir TV e ouvir rádio com a introdução de conceitos até então desconhecidos na experiência do entretenimento doméstico: a interatividade e a convergência digital.

Assistiríamos novelas em TVs de tela finíssima, penduradas na parede, com conteúdo multimidia em alta definição e com a opção de congelarmos uma cena para apontar e clicar em determinado abajur do cenário, levantando informações sobre fabricante, preço, disponibilidade em estoque... pimba! Compramos um abajur pela TV! (que seria também a tela do computador doméstico). Que maravilha de vida teríamos nos então longínquos e vindouros anos 2010...

O livro foi um marco na minha leitura pessoal. Lembro que peguei um ônibus para ir pra livraria do Shopping  ver se já tinha chegado e o arrematei por um valor que tinha que ser programado pra caber no meu orçamento de estagiário. Hoje talvez o tivesse comprado na pré-venda da americanas.com e pago no cartão de crédito. Daqui a dois anos, usuário da rede Google, é possível que, além do livro, eu assista um video HD especial baixado em seis minutos, bônus da compra do e-book que fiz na amazon, com tradução simultânea do Google Instant Translator, que traduz sem sotaque a partir dos sons originais.

A profecia do Gates então, se torna realidade.

Só me intriga porque o homem que conhecia o futuro 20 anos à frente, ficou tão para trás na garantia do espaço que a própria empresa dele ajudou a estruturar? A Veja lembra que as grandes vedetes da Microsoft, o Windows e o Office, já tem seus 20 anos de estrada e, apesar das tendências claras da web 2.0 (capitaneadas pelo Google, inclusive) ainda mantém aquela característica de rodar e armazenar em máquinas locais.


Gates, olho vivo! O mundo caminha para os aplicativos e armazenamentos online. A estrada da supervia está sendo pavimentada a vibrantes passos largos, e ao que parece, com asfalto virtual do Google.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Fator Raridade x Seu Salário

Hoje passei um tempo conversando com uma pessoa inteligente. Logo, fiz um investimento. O papo era sobre os altos valores cobrados por palestrantes no mercado corporativo. Mas não só sobre isso...

É interessante perceber como existe uma relação invertida entre um bem produzido pelo trabalho físico e o valor percebido e atribuido a ele pelo mercado. O lugar comum é a situação em que o operário que dedica mais horas e mais esforço físico ao trabalho é comumente muito mais mal remunerado do que o executivo que, embora dedique muitas horas ao seu processo produtivo, não exerce esforço físico algum.

Nesses anos 2000 é conhecido por todos o fracasso do comunismo em tentar gerar um equilíbrio balanceado entre trabalho e capital, distribuindo as riquezas do sistema igualitariamente entre seus geradores. A utopia era perfeita mas hoje me soa como tentar forjar o controle do câmbio do dólar, produzindo a ilusão de que se tem uma moeda local forte. A indução articial não produz distribuição de renda, afinal.

A única coisa que percebo entrar como fiel da balança nessa equação, trazendo, ironicamente, maior justiça na distribuição do capital, é algo que chamo de "fator raridade". É a raridade do trabalho, e não o esforço e tempo empregados neste, que traz maior retorno sobre o investimento. Esse é termo da equação que estabelece, não um equilíbrio propriamente dito, mas um princípio de tendenciamento na remuneração do trabalho.

Por esse raciocínio é que vemos peões da construção civil suando a camisa e ganhando pouco em jornadas descomunalmente braçais e ao mesmo tempo vemos um artista plástico malhando ferros para produzir obras que, por serem "de arte", geram um retorno fabuloso ao artista e o representam in persona, caracterizando assim o alto grau de raridade do evento. Em termos práticos: os irmãos Campana suam bicas para produzir suas peças de design e fazem rios de dinheiro por seu particular talento enquanto na obra da esquina dezenas de serventes suam outras bicas em esforço bruto para receberem um cheque-miséria semanal e apenas viverem suas vidas. Mas, afinal, existem dois irmão campana com um talento raro e 200 mil pedreiros dividindo as mesmas habilidades no mercado, não?

Daí é que volto à discussão sobre os altos valores cobrados por palestrantes e encaixo a teoria da raridade com perfeição. Nada é mais bem remunerado do que o capital intelectual movido por esses professores-relâmpago, que resumem em duas horas o conteúdo do seu livro e embolsam 20 mil reais antes de sair correndo para a próxima preleção do dia. Talvez eu ou você possamos dizer as mesmas coisas, mas só pagarão a eles porque eles tem um sbrifs a mais: o efeito raridade.

Pense nisso. 

Na próxima vez que seu filho zerar um jogo no playstation de forma absurdamente rápida e genial, pense se ele não poderá ser um futuro virtuose da criação de games capaz de revolucionar um mercado usando boné e jeans, como John Romero e seu Doom. Pense no que você tem de melhor, único e pessoal... algo que certamente os outros percebem e desejam - eventualmente até verbalizam isso. Invista nisso e relegue o resto. Essa é a sua fortaleza!

Recentemente percebi a minha. Não conto pra não ser imitado, afinal a coisa só tem valor se somente você a dominar no ambiente. Minha vó, em sua sabedoria, diria "em terra de cego quem tem olho é rei". Já eu, numa tirada mais noveau chic, afirmo: Eu quero mais é viver de raridade...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Um Windows que Presta?

Se a palavra é mobilidade compre um netbook 3G.
Se a palavra é compatibilidade, infelizmente seu netbook virá com Windows.
Dessa forma você garantirá que será capaz de abrir aquela planilha no aeroporto enquanto participa de uma teleconferência pelo Skype. Bom né?

Pois é... não fosse o fato de o netbook vir com o tal do XP. Se fosse o Vista o coitado nem ligaria! O Win XP garante que, pelo menos inicializar, o bicho vai! Daí a rodar Skype sobre Excel são outros quinhentos (minutos).

Já estava desistindo do netbook e o passando adiante. Era um Dell mini 10 com 1Gb de RAM que eu sabia de antemão não ser pau pra toda obra. Afinal a proposta dos pequenos era apenas conseguir acessar web, rodar videos, coisa boba mesmo. Não dá pra encarar uso profissional e pedir performance de gente grande.

A surpresa veio em verde e amarelo quando resolvi botar o Windows 7 no bichinho. Funcionou que foi uma beleza! O netbook ganhou agilidade, performance... beleza (porque não?). Quase me fez admitir que a Microsoft havia dado uma bola dentro depois do desastrado Vista.

Tive que pagar um preço por isso. Comprei um drive DVD USB para conseguir instalar programas (o próprio Windows 7 e o Office, por exemplo) e durante a instalação - mais rápida do que a dos antecessores - infelizmente perdi todos os dados não backupeados pois não há upgrade direto XP/Seven. Isso quer dizer que ele formata o HD do zero para jogar o novo SO em cima.

Como já sabia de antemão que isso aconteceria me precavi e não perdi nada significativo. Aliás só ganhei. Ganhei um elogio-padrão para usar em relação ao sistema da Microsoft, e isso representa muito para quem só tem descido a mão no tio Gates desde o Win 98 e é fã declarado do Mac OS.

No fim das contas, recomendo a todos os usuários de netbooks insatisfeitos que dem uma chance ao Win 7 antes de detonarem as maquininhas no mercado livre. Sugiro muito gastar uns R$ 250 num drive DVD para sair da complicação das instalações adaptadas de pen drives (um horror!).

Se nem isso funcionar, a outra palavra que conheço para portabilidade será somente essa: macbook air!!